A manhã desta quarta-feira (16) foi marcada por reflexões sobre o mar e sobre o ser humano durante as atividades do Pulsar 2025, XX Semana de Educação, Ciência e Tecnologia do IFPB Campus João Pessoa. A programação contou com a mesa-redonda “Amazônia Azul – Tecnologias, Oportunidades e Desafios” e com o minicurso “Administrando emoções: CNV para formação de líderes”, ambos realizados no campus.

A mesa-redonda, mediada pela professora Maria Deise das Dores Costa Duarte, reuniu especialistas que discutiram o uso sustentável dos recursos marítimos, a governança dos oceanos e a importância da educação ambiental. Participaram da conversa Ana Cristina Figueiredo de Carvalho, superintendente substituta da Secretaria do Patrimônio da União (SPU); Victor Alencar Mayer Feitosa Ventura, colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil (CEPE/MB); e Karina Massei, coordenadora dos Subprogramas de Educação Ambiental e de Restauração de Ecossistemas de Corais do Programa PREAMAR-PB.

Ana Cristina destacou ações voltadas à preservação ambiental e à democratização do uso dos imóveis da União, com foco em políticas que apoiem comunidades tradicionais e promovam o uso racional das áreas públicas, inclusive marítimas. Ela também ressaltou a importância do Projeto Orla e do Planejamento Espacial Marinho, que visam organizar e harmonizar os diferentes usos do litoral e dos oceanos.

Victor Ventura abordou os aspectos jurídicos e estratégicos da Amazônia Azul, explicando como a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar regulamenta a exploração dos oceanos e estabelece direitos e deveres entre os países. Ele falou ainda sobre os desafios na implementação dessas normas e a necessidade de reduzir conflitos relacionados à exploração dos recursos marinhos.

Karina Massei lembrou que o oceano é o grande regulador do clima e ressaltou a importância da Década do Oceano, proclamada pela ONU, para ampliar o conhecimento e o cuidado com os mares. Ela reforçou que a Amazônia Azul é um patrimônio brasileiro que deve ser valorizado e protegido por meio de políticas públicas e ações educativas.

Enquanto isso, no âmbito do VIII EMPIF – Empreender, o minicurso “Administrando emoções: CNV para formação de líderes”, ministrado pela professora Ericka Anulina Cunha de Oliveira e facilitado pela professora Anna Carolina Cavalcanti Carneiro da Cunha, abordou o papel da Comunicação Não Violenta (CNV) para formar liderança em ambientes de trabalho.

A atividade discutiu como o autoconhecimento, a autenticidade, a vulnerabilidade e a empatia são fundamentais para liderar e construir relações mais humanas. Segundo Ericka, “é importante reconhecer nossas vulnerabilidades para sermos autênticos. Fingir ser alguém que não somos nos afasta dos outros e de nós mesmos”.

O minicurso destacou ainda que a empatia é uma habilidade essencial para reduzir conflitos e promover mudanças sociais, pois permite compreender a dor e a realidade do outro.

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